Festival Poraquê – Boa programação para um público pequeno

Banda Vandaluz (MG)

Por Mary Camata

Domingo, dia 14 de agosto, aconteceu o último dia da primeira edição do Festival Poraquê. O que me surpreendeu, não foi o pequeno público que compareceu ao ginásio de esportes Gerivaldão em pleno domingo, mas sim, a excelente programação escolhida pelo Coletivo Interior Alternativo para o nascimento do Festival Poraquê. Imprevistos, atrasos e erros acontecem até em grandes festivais de rock consagrados em vários estados do Brasil, imaginem então em um festival que está só nascendo em uma cidade que a cena do rock não predomina. Criticar é muito fácil, difícil meus amigos, é arregaçar as mangar e colocar a cara pra bater em um evento de grande porte sem você fazer idéia do resultado final.

A primeira banda do domingo, Macacos me Mordam, da cidade de Cacoal, entrou com um som cheio de críticas ao sistema, com um vocalista aparentemente mais velho do que os outros integrantes da banda e com uma atitude super “rocker”, a Macacos me Mordam fez a meia dúzia de pessoas que estavam chegando ao Festival começar a se empolgar. O fato marcante é que após a primeira banda que durante todo seu show falava sobre drogas, sexo e rock and roll, aconteceu a entrada da segunda banda da cidade de Ji-Paraná, Maré de Unção, fazendo um “rock meio reggae” totalmente pra Jesus. Mistura muito interessante para um festival e que rolou sem nenhum problema, cada banda respeitando o seu espaço dentro de um mesmo Festival.

Os “beradélicos” da capital Porto Velho, banda Beradelia que eu particularmente chamo de a “banda psicodélica-mística de Rondônia”, já subiu ao palco com um público maior. É impossível não parar para assistir a “beradelia” dos porto-velhenses que fazem uma grande mistura de ritmos apresentando um show com muitos instrumentos sendo utilizados todos harmoniosamente ao mesmo tempo. Mas as surpresas da noite estavam só começando. Quando a banda Strobo, do Pará subiu ao palco, o Festival Poraquê virou uma tenda “rocker-eletrônica”. A banda que conta apenas com dois integrantes, fizeram a galera dançar com um ritmo completamente envolvente. Até eu dancei ao som da Strobo que pra mim que sou fã de uma boa mistura de guitarra e sintetizadores, foi uma das melhores bandas desta primeira edição do Festival Poraquê. Literalmente eu fui pra pista.

Finalmente os mineiros da banda Vandaluz subiram ao palco. O que falar da banda Vandaluz? Chega a ser difícil escolher as palavras certas para descrever a força que tem a banda Vandaluz no palco com o seu vocalista, poeta e intérprete Vane Pimentel. Vandaluz é uma das bandas que mais me valeram à pena ter conhecido nos últimos tempos. Se você viu algum vídeo deles no Youtube, esqueça, pois no palco não tem nada haver. Você precisa ver Vandaluz ao vivo para se apaixonar pela química perfeita que rola no palco durante toda a apresentação.

A última banda da noite, a ji-paranaense Maxxx V8 fechou o Festival Poraquê embalando os últimos guerreiros do rock que ainda permaneciam no Gerivaldão “batendo cabeça”. O resultado final é de uma excelente programação muito bem escolhida, agradando a gregos e troianos do rock. Parabéns ao Coletivo Interior Alternativo pela criação de mais um festival de rock na cidade de Ji-Paraná que já nos deixa com um gostinho de quero mais.


Strobo (PA)

As fotos de todas as bandas que se apresentaram no Festival Poraquê você encontra no link:
www.flickr.com/maryjannejipa

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